Mato Grosso alcançou, no terceiro trimestre de 2025, um dos melhores desempenhos de sua história na geração de empregos. Com taxa de desocupação de 2,3%, o estado igualou Santa Catarina e ocupou o topo do ranking nacional, consolidando uma trajetória de força econômica e estabilidade que se reflete diretamente no mercado de trabalho. Os dados fazem parte da PNAD Contínua Trimestral do IBGE, divulgada nesta sexta-feira (14).
Além de bater o menor índice de desemprego desde o início da série histórica, iniciada em 2012, Mato Grosso figura entre as 11 unidades da federação que atingiram o nível mais baixo de desocupação já registrado. O resultado reforça o papel do estado como uma das locomotivas do crescimento brasileiro, impulsionado por uma economia diversificada que combina agronegócio, serviços, indústria e expansão do comércio.
Mato Grosso se destaca pela alta formalização e estrutura produtiva sólida

De acordo com o IBGE, Mato Grosso apresenta características estruturais que favorecem a manutenção de baixas taxas de desocupação. O estado possui um dos maiores percentuais de trabalhadores com carteira assinada do país: 78,9%, bem acima da média nacional de 74,4%. Esse indicador revela a capacidade do mercado estadual de oferecer empregos formais, com estabilidade e proteção trabalhista.
O desempenho se soma ao avanço de setores como logística, agroindústria, pecuária, tecnologia aplicada ao campo e serviços especializados, que vêm ampliando contratações tanto em regiões metropolitanas quanto no interior. Para analistas do IBGE, trata-se de um reflexo direto do dinamismo econômico mato-grossense.
Brasil atinge menor desemprego da série histórica e Mato Grosso acompanha movimento
No mesmo período, o país registrou taxa de desocupação de 5,6%, o menor nível desde 2012. Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Sergipe, Tocantins e Mato Grosso do Sul também registraram recordes. Entre todos, Mato Grosso e Santa Catarina foram os que apresentaram os menores índices do país.
Segundo especialistas, os estados que lideram o ranking têm em comum mercados de trabalho mais diversificados, forte presença de empregos formais e capacidade de absorver mão de obra em diferentes faixas de qualificação.
Veja a taxa de desocupação por estado
- Santa Catarina: 2,3%
- Mato Grosso: 2,3%
- Rondônia: 2,6%
- Espírito Santo: 2,6%
- Mato Grosso do Sul: 2,9%
- Paraná: 3,5%
- Tocantins: 3,8%
- Minas Gerais: 4,1%
- Rio Grande do Sul: 4,1%
- Goiás: 4,3%
- Roraima: 4,7%
- São Paulo: 5,2%
- Maranhão: 6,1%
- Ceará: 6,4%
- Pará: 6,5%
- Paraíba: 7,0%
- Acre: 7,4%
- Piauí: 7,5%
- Rio Grande do Norte: 7,5%
- Rio de Janeiro: 7,5%
- Amazonas: 7,6%
- Alagoas: 7,7%
- Sergipe: 7,7%
- Distrito Federal: 8,0%
- Bahia: 8,5%
- Amapá: 8,7%
- Pernambuco: 10%
Desigualdades regionais permanecem
Embora boa parte do país registre melhora, estados nordestinos continuam apresentando níveis elevados de desocupação. Pernambuco (10%), Amapá (8,7%) e Bahia (8,5%) lideram o ranking das maiores taxas.
Segundo o IBGE, fatores como menor industrialização, baixa escolaridade média e menor diversidade econômica explicam o desempenho inferior da região. Em contraste, estados como Mato Grosso seguem ampliando a formalização e atraindo investimentos, favorecendo um ambiente de contratação mais consistente.
Empregos formais: onde Mato Grosso se posiciona
Mato Grosso aparece entre os estados com maior percentual de trabalhadores formais no setor privado, atrás apenas de Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio de Janeiro. Esse cenário reforça a tendência de estabilidade e geração de postos de trabalho duradouros no estado.
FAQ – Perguntas frequentes
- Mato Grosso realmente atingiu o menor desemprego da série histórica?
- Sim. O estado alcançou 2,3% no 3º trimestre, a menor taxa registrada desde o início da série do IBGE em 2012.
- O que explica o bom desempenho de Mato Grosso no mercado de trabalho?
- A combinação de economia diversificada, expansão do agronegócio, indústria em crescimento e alta formalização.
- Mato Grosso está entre os estados com mais trabalhadores formais?
- Sim. Com 78,9% de empregados com carteira assinada no setor privado, o estado supera a média nacional.
- Quais estados estão pior no ranking?
- Pernambuco, Amapá e Bahia registram as maiores taxas de desocupação do país.
- A taxa nacional também caiu?
- Sim. A taxa brasileira chegou a 5,6%, o menor nível desde 2012.



















