A mineradora inglesa BHP foi condenada nesta sexta-feira (14) pelo Tribunal Superior de Justiça de Londres pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais. A empresa é acionista da Samarco, responsável pelo desastre ambiental.
O montante da indenização ainda não foi divulgado.
De acordo com a decisão, o risco de colapso da barragem era previsível. Sinais de saturação de rejeitos, infiltrações e fissuras indicavam perigo, mas a elevação da barragem continuou sem análise escrita adequada da estabilidade e dos riscos envolvidos.
A Justiça ressaltou que testes de estabilidade indicavam falhas, tornando a continuação das obras imprudente.
“É inconcebível que a decisão de elevar a altura da barragem tenha sido tomada nessas condições, quando o colapso poderia ter sido evitado”.
Uma nova audiência está prevista para o segundo semestre de 2026, quando será definido o valor da multa que a BHP deverá pagar.
Dez anos do desastre
No dia 5 de outubro, a tragédia completou dez anos. O rompimento da barragem liberou toneladas de rejeitos, contaminou rios e afetou municípios vizinhos, além de resultar na morte de 19 pessoas.
















