Preços dos alimentos recuam em Cuiabá e reforçam alívio na inflação de novembro

Nova análise do IPF-MT mostra que a cesta básica cuiabana mantém tendência de queda, impulsionando o orçamento familiar e refletindo melhor equilíbrio entre oferta, clima e produção agrícola.

Fonte: da Redação

Fecomércio-MT
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A cesta básica de Cuiabá voltou a apresentar recuo nos preços em novembro, sinalizando um momento de estabilidade importante para o consumidor mato-grossense. Segundo o Instituto de Pesquisa da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), a variação semanal foi de -0,10%, posicionando o custo médio em R$ 787,74. O valor representa uma diferença significativa quando comparado ao mesmo período do ano anterior, com redução acumulada de 3,52% — um movimento que reforça a desaceleração da inflação sobre os alimentos e melhora a percepção de custo de vida na capital.

O presidente da Fecomércio-MT, Wenceslau Júnior, destaca que o comportamento atual dos preços segue alinhado a um ciclo de descompressão inflacionária. Para ele, o conjunto de reduções observadas ao longo das últimas semanas demonstra que a pressão sobre os alimentos perdeu força. “Quando a cesta básica fica mais barata que no ano passado, observamos uma melhora efetiva no poder de compra das famílias e um sinal de equilíbrio no mercado”, afirma.

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Produtos que subiram e caíram: como ficou a composição da cesta

Mesmo em um cenário de queda geral, alguns produtos registraram alta. A batata foi o item com maior variação positiva na semana, subindo 7,42% e chegando a R$ 4,07/kg. Apesar disso, o tubérculo segue muito mais barato em relação a 2024 — uma redução expressiva de 55,82% no comparativo anual. A alta pontual pode estar ligada ao encerramento da safra, somado ao período de chuvas, que costuma diminuir o ritmo de colheita e impactar diretamente a oferta nos mercados.

Entre os itens responsáveis pela queda no custo total, o arroz se destaca com uma redução de 4,7%, saindo para R$ 4,72/kg. A retração pode estar associada ao volume elevado de estoques, o que pressiona o preço para baixo. Em relação ao ano passado, a queda é ainda mais intensa: 34,63%, já que o cereal custava R$ 7,22/kg em 2024.

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Outro produto que ajudou a aliviar o valor final foi o tomate, que registrou diminuição de 3,96%, chegando a R$ 5,42/kg. Em um ano, o preço caiu 4,99%, reflexo do avanço da nova safra em regiões produtoras e da ampliação da oferta no mercado.

Clima segue determinante para os preços dos alimentos

As oscilações recentes demonstram que fatores climáticos continuam sendo determinantes na formação dos preços, principalmente em itens hortifrutigranjeiros. Chuvas mais intensas, transição de safra e logística de abastecimento influenciam diretamente tanto as altas quanto as quedas.

De acordo com Wenceslau Júnior, essas variações mistas refletem justamente esse impacto climático. “A dinâmica dos itens da cesta básica mostra que a produção agrícola ainda responde de maneira intensa às mudanças climáticas e sazonais. Porém, a redução predominante reforça um cenário de inflação mais controlada, o que beneficia o orçamento das famílias”, avalia.

Entenda o papel do Sistema Comércio no acompanhamento econômico

O Sistema S do Comércio em Mato Grosso — composto por Fecomércio, Sesc, Senac e IPF-MT — acompanha semanalmente o comportamento dos preços da cesta básica para monitorar tendências econômicas que impactam diretamente o cotidiano do consumidor. A federação, presidida por Wenceslau Júnior e integrada à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atua como referência na análise de mercado e no apoio ao setor produtivo.

Com a continuidade desse movimento de queda, a expectativa é de que o consumidor cuiabano sinta um alívio crescente no orçamento ao longo das próximas semanas, especialmente em um período marcado pelo aumento da demanda e pela aproximação das festas de fim de ano.

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