Justiça Eleitoral deve gastar mais de R$ 27 milhões para realizar duas eleições neste ano em MT

Fonte: G1 MT

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Foto: Reprodução/TVCA

A eleição suplementar para a escolha do novo senador por Mato Grosso, marcada para 26 de abril, vai custar à Justiça Eleitoral cerca de R$ 13,7 milhões. A informação é do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT). O mesmo valor deve custear as eleições municipais, quando serão escolhidos prefeitos e vereadores no estado, marcada para outubro deste ano.

No total, a Justiça Eleitoral deve pagar mais de R$ 27 milhões para a realização das duas eleições.

Conforme informações do TRE, a eleição suplementar para a escolha do senador que vai ocupar a vaga de Selma Arruda, cassada em dezembro do ano passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que seja realizada em 90 dias e, por isso, não há possibilidade de unificar os dois pleitos.

O Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal de Mato Grosso (Sintap/MT) chegou a enviar um ofício ao TRE solicitando mudança na data de eleição suplementar para o Senado.

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Conforme o sindicato, a eleição suplementar, que vai ser realizada em abril deste ano, e a eleição municipal, marcada para outubro, deveriam ser realizadas no mesmo dia e, assim, gerar economia aos cofres públicos.

Cassação

Selma Arruda foi cassada em dezembro por abuso de poder econômico e caixa dois na campanha eleitoral de 2018. Mesmo cassada, Selma Arruda continuou no cargo.

Selma foi condenada pelo TRE-MT em julho de 2019, mas recorreu no cargo. Em dezembro, o TSE manteve a decisão da primeira instância que cassou o mandato dela. O Acórdão foi publicado no dia 19 de dezembro.

Nessa mesma data, o tribunal de Mato Grosso foi oficialmente comunicado da decisão com a determinação da realização de nova eleição.

Selma Arruda teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) em abril deste ano. A defesa da parlamentar, então, recorreu ao TSE.

Quando o TRE cassou o mandato de Selma Arruda, a parlamentar divulgou uma nota na qual afirmou estar tranquila porque não cometeu irregularidades.

“A tranquilidade que tenho é com a consciência dos meus atos, a retidão que tive em toda a minha vida e que não seria diferente na minha campanha e trajetória política”, declarou a senadora na ocasião.

Em manifestação enviada ao tribunal em setembro, a Procuradoria-Geral se manifestou a favor da manutenção da cassação. Para o órgão, é “inegável” que a conduta da parlamentar na eleição do ano passado “comprometeu a normalidade, a legitimidade e o equilíbrio do pleito”.