Família acredita que bailarina lutou antes de ser morta: ‘Era professora de capoeira e de balé, era uma mulher forte’, diz primo

Fonte: G1 PR

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Dois dias depois de Maria Glória Poltronieri Borges ser encontrada morta na área rural de Mandaguari, no norte do Paraná, a família da bailarina acredita que a jovem lutou com o ou os responsáveis pelo crime antes de morrer.

“Acreditamos que a minha prima lutou muito antes de morrer, porque o mato e galhos de árvores ao redor do local onde o corpo foi encontrado estavam quebrados. Mago era professora de capoeira e de balé, já tinha treinado boxe, era uma mulher muito forte”, disse Gabriel Vecchi.

O corpo de Maria Glória, que tinha 25 anos, foi encontrado no domingo (26) perto de uma cachoeira, com sinais de violência sexual, de acordo com a Polícia Civil. Além de ser bailarina, ela era estudante universitária.

Segundo o Instituto-Médico Legal (IML), a jovem foi morta por asfixia. Laudos vão dizer se a vítima foi estuprada antes de ser morta e quais foram as circunstâncias da morte.

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‘Se conectar com a natureza’

Gabriel Vecchi explicou que a prima, que era uma pessoa ligada à religião ‘Mulheres da Lua’, foi acampar em uma chácara no sábado (25) para rezar e se conectar com a natureza. Ela tinha o desejo de se tornar um missionária desta religião.

“Ela foi até essa chácara, que era um local próprio para acampar, para ter um momento espiritual. No sábado, ela pegou uma trilha aberta e desceu até a cachoeira para fazer a primeira reza do dia e não voltou mais. A minha tia tentou falar com ela no sábado à noite e no domingo de manhã, mas não conseguiu. Foram na chácara depois disso e a irmã da Mago, ao descer pela mesma trilha, encontrou ela morta”, detalhou Gabriel.

Gabriel conta que Maria Glória foi encontrada com o mesmo vestido que usava no sábado e estava coberta por uma manta.

“Mago era luz, era uma menina especial, passava palavras maravilhosas. Não bebia e não usava drogas. Só queria passar um fim de semana espiritual. Esse crime não pode ficar impune, a polícia tem que achar quem fez isso”, enfatizou.

Investigação

Na manhã desta terça-feira (28), a Polícia Civil informou que está ouvindo várias pessoas, testemunhas ligadas à vítima e à família, e que está traçando uma linha de investigação.

No fim da tarde de segunda-feira (27), o delegado Zoroastro Nery do Prado Filho disse que testemunhas afirmaram que viram dois homens suspeitos perto do local do crime.

“Várias pessoas comentaram que esses dois indivíduos estavam ali e saíram daquele região do rio por volta de 19h. Então, nós estamos tentando identificá-los”, explicou Zoroastro Filho.

Objetos da bailarina também foram recolhidos pela polícia, entre eles as sandálias usadas por ela e o celular que foi deixado no acampamento antes de ir para a trilha.

Redatora do portal CenárioMT, escreve diariamente as principais notícias que movimentam o cotidiano das cidades de Mato Grosso.