Atlético-MG é comparado a Madureira em entrevista; Rodrigo Santana se defende: “Chelsea foi campeão inglês jogando assim”

Fonte: GLOBOESPORTE

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Reprodução Premiere

Com uma postura completamente defensiva, que permitiu o Flamengo ter mais de 70% de posse de bola, o Atlético-MG acabou derrotado pelo time rubro-negro por 3 a 1, no Maracanã. O Galo voltou a utilizar um esquema com três zagueiros, marcando muito atrás e deixando o meio de campo do adversário controlar a partida. Uma postura que foi defendida pelo técnico Rodrigo Santana.

O treinador reconheceu que a equipe errou muitos passes no jogo do Maracanã, mas negou que o time teve medo. Para Rodrigo Santana, era uma estratégia, que ele comparou com a do Chelsea que foi campeão inglês na temporada 2016/2017, com Antonio Conte.

“O primeiro tempo a gente conseguiu sair, mas erramos muito. Erramos passes bobos. Tivemos falha tecnicamente. Isso não é medo de jogar. É estratégia de jogo. O Chelsea foi campeão inglês jogando assim” – Rodrigo Santana.

– Muita gente interpreta como medo. Não é medo. Contra o Palmeiras a gente jogou assim e saímos muito bem. Perdemos um monte de peças. Pessoal analisa sempre o resultado. No segundo (tempo) a gente não baixou (as linhas de marcação), não. A gente tomou o gol no momento que alguns torcedores começaram a vaiar uns jogadores deles, e a gente estava renascendo na partida. Vitinho fez um grande lance e fez o gol. Foi o segundo gol que voltou a dar confiança (ao Flamengo). Em momento nenhum a gente joga lá atrás com medo do adversário. É uma estratégia para tentar chamar o adversário e explorar as costas do adversário. Essa era a nossa ideia.

Em uma das perguntas para Rodrigo Santana após o jogo, um repórter chegou a comparar o Atlético-MG com o Madureira, que disputa o Campeonato Carioca, baseado na posse de bola e na postura da equipe atleticana. O técnico se defendeu e destacou que o Galo fez um jogo conservador e, quando começou a crescer no jogo, levou o segundo gol.

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– No primeiro tempo a gente procurou fazer um jogo mais conversador e segurar o Flamengo, principalmente no início, mas acabamos baixando muito, dando liberdade para o Gerson e o Arão jogarem. Foi onde a gente não conseguiu sair, devido a essa liberdade dos volantes. No intervalo a gente procurou corrigir. Conseguimos, marcamos mais adiante e fizemos com que o Arão e o Gerson não rodassem a bola. Conseguimos fazer o gol. Começamos a crescer na partida e, infelizmente, você errar contra o Flamengo é fatal. A gente vem em uma sequência pesada de jogos, vem com sete desfalques, e estar mudando o time a a cada jogo se torna mais difícil. Quando a gente conseguiu empatar o jogo e equilibrar, a gente acabou tomando os dois gols.

A sequência de jogos também foi citada por Rodrigo Santana como um fator que joga contra o Galo para chegar neste momento muito ruim no Campeonato Brasileiro. O Galo chegou até a semifinal da Sul-Americana, quando foi eliminado pelo Colón-ARG. Neste período, acabou deixando de lado o Brasileirão e teve uma queda brusca na tabela.

– Quando a gente tinha o elenco todo à disposição, principalmente no primeiro turno, a gente teve apenas três derrotas. Duas fora de casa, contra o Santos e contra o Grêmio, e uma em casa, para o Palmeiras. A partir daí a gente entrou no mata-mata. Tivemos seis derrotas consecutivas no segundo turno, mas nessa sequência tivemos quatro jogos de mata-mata e, nesses quatro jogos, a gente ganhou três. Isso fez com que a gente entrasse quatro vezes com o time alternativo, e acabamos perdendo pontos. Perdemos peças importantes por causa do mata-mata, que gera um sacrifício maior, e isso é um dano maior para gente – disse.

– Não existe a menor possibilidade de pensar “o Atlético-MG não vai reagir”. A gente não pode medir apenas a situação do momento que estamos vivendo por um jogo contra o vice-líder e o líder. Muita gente está se baseando nisso. Tem muito campeonato para rolar ainda, tenho certeza que o elenco vai reagir. A gente precisa focar no próximo jogo, somar o número máximo de pontos dentro de casa. E o que der para arrancar fora, melhor ainda – concluiu.