MT: enfermeira assassinada pelo marido e PM foi encontrada sem cabeça e braço

Fonte: OLHAR DIRETO

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Foto: Reprodução

O soldado da Polícia Militar, que matou a enfermeira Zuilda Correia Rodrigues, desaparecida há 11 dias, estava afastado do cargo há dois meses. Ele foi comparsa do marido da vítima. De acordo com a polícia, o corpo de Zuilda foi encontrado em um córrego nesta terça-feira (8), sem a cabeça e um dos braços.

De acordo com nota divulgada pela Polícia Militar de Sinop, o policial já estava afastado das funções militares e respondia processo demissório por denúncia de peculato. Deste modo, por se tratar de crime cometido fora no exercício da função militar, a apuração ocorre na esfera civil.

A Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) confirmou que o corpo foi encontrado sem a cabeça e um dos braços, porém não pelo resultado da violência cometida pela dupla. Preliminarmente, acredita-se que seja pela decomposição do corpo.

De acordo com a Polícia Judiciária Civil (PJC), o soldado trabalhava em um comércio que pertence ao esposo da mulher e contou que o crime foi encomendado pelo homem, mas não disse qual teria sido a motivação. O PM confessou, inclusive, que ele havia segurado a vítima enquanto o marido a espancou até a morte.

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A Polícia Civil realiza buscas para tentar localizar o suspeito de ser mandante do crime.

O caso

Conforme o boletim de ocorrência, o marido de Zuilda procurou a delegacia para registrar o desaparecimento da enfermeira. No veículo dela foram encontrados sinais de manchas com sangue e fios de cabelo. Ele afirmou que passou no hospital onde ela trabalha para buscá-la após o término do plantão. Como ele estava trabalhando com venda espetinhos, deixou a mulher em casa e voltou ao trabalho. Como ela não apareceu, ele resolveu retornar por volta das 20 horas.

Na casa, o homem constatou que a mulher e uma Toyota SW4 preta não estavam no local. Como disse ter achado que ela estava na igreja, resolveu voltar para o trabalho. Já por volta das 21 horas, encontrou a caminhonete estacionada em frente a residência e trancada.

Leia as notas da PM na íntegra:

O Comando do 3º Comando Regional da Polícia Militar, com sede em Sinop, informa que tão logo tomou conhecimento da acusação que pesa sobre o soldado PM determinou que oficiais militares acompanhassem as ações da Polícia Civil com o intuito de colaborar para o esclarecimento do homicídio da enfermeira e a participação do militar. Nesse sentido, desde a tarde e ontem(07) uma equipe do 3º CR diligencia conjuntamente com a Polícia Civil.

O soldado em questão está já estava afastado das funções militares respondendo processo demissório. E a PM esclarece que por se tratar de crime cometido fora no exercício da função militar a apuração ocorre na esfera civil, nesse caso específico na Delegacia de Homicídios de Sinop.

Todavia, a conduta do policial será objeto de apuração interna na PM, por meio da Corregedoria. A PM de Sinop permanece à disposta para auxiliar as investigações e reforça que o compromisso diário da instituição é em defesa da sociedade.

O soldado preso sob acusação de autoria da morte da enfermeira Zuilda Correia Rodrigues, em Sinop, está afastado das funções militares há pouco mais de dois meses e responde processo demissório por denúncia de peculato(crime de desvio de um bem ou valor por funcionário público cometido no exercício da função).

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Ele já havia sido investigado em Inquérito Policial Militar(IPM), uma apuração que levou à instalação do processo administrativo denominado Conselho de Disciplina, cujo trâmite encontra-se na fase de instrução.

O Conselho de Disciplina é a última etapa da investigação, quando é confirmada a incapacidade do militar de permanecer na ativa, conforme estabelece a Lei Estadual 3.800/76, e exige o afastamento do policial até que seja emitida a decisão.