Profissionais da Educação optaram pela manutenção da greve geral em pelo menos duas unidades escolares em Lucas do Rio Verde-MT. A princípio, quando a greve iniciou, no último dia 27, três escolas paralisaram as atividades.
Continuam com as aulas suspensas, de acordo com a presidente do Sindicato dos Profissionais do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) sub sede Lucas do Rio Verde-MT, professora Tânia Jorra, as escolas estaduais Dom Bosco (bairro Rio Verde) e Luís Carlos Ceconello (bairro Cerrado).
Ontem, quarta-feira (05) os profissionais estiveram reunidos, durante protesto, em frente à sede da Assessoria Pedagógica, localizada na Avenida São Paulo, bairro Alvorada. Durante os debates, os profissionais votaram por manter a greve em pelo menos duas unidades de ensino.
“Os trabalhadores da educação, de modo geral, deliberaram pela manutenção da greve. Teremos o encontro dos representantes em Cuiabá neste fim de semana. Na segunda-feira (10) teremos a assembleia geral estadual, onde levaremos os encaminhamentos feitos na sub sede Lucas do Rio Verde, pois os profissionais não acataram a resposta do governo para o movimento grevista. Eu acredito na união da categoria e o que a assembleia geral deliberar na segunda-feira, estaremos fazendo o encaminhamento a partir de terça-feira aos profissionais de Lucas do Rio Verde e deliberando pelas próximas atividades”, argumento Jorra.
A manutenção da greve em Mato Grosso se deve ao fato de os sindicalistas não aceitarem a proposta enviada pelo Governador Mauro Mendes, em resposta ao ato grevista.
Na avaliação geral, o documento apresentado traz uma justificativa ampliada dos argumentos apresentados pelo governo, em três reuniões anteriores. A proposta não trouxe nada de novo, conforme esclareceu o secretário de finanças do SIntep/MT, Orlando Francisco.
“O governo apenas reafirma a impossibilidade de cumprir o direito dos servidores devido o limite prudencial, e a Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse.
O governo, por sua vez, apresenta no documento enviado ao Sintep, a inviabilidade do atendimento das reivindicações, afirmando que além da falta dinheiro nos cofres do estado, há orientações do Ministério Público (MPE) e do Tribunal de Contas (TCE) para não gastar com reajustes.
Os profissionais de todo o estado marcaram presença e frente a algumas tentativas de confronto se mantiveram firmes na luta por direitos. “Ninguém solta a mão de ninguém”, foi o lema mais brandido para revitalizar o movimento paredista, nesta segunda semana de paralisação.