‘Não adianta espernear, nem fazer protesto’, diz governador de MT sobre cortes no orçamento da educação

Fonte: Por Marina Martins, TV Centro América

MAURO MENDES
Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

O governador Mauro Mendes (DEM) disse concordar com as medidas tomadas pelo governo federal para cortar gastos, entre elas o bloqueio do orçamento do Ministério da Educação (MEC), cujo “efeito cascata” afeta a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e o Instituto Federal de Ciência e Tecnologia (IFMT).

A declaração foi dada nesta terça-feira (14), durante a inauguração da Unidade de Pronto Atendimento no Bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.

“Não adianta espernear, fazer protesto, o que nós temos que fazer é trabalhar, trabalhar com seriedade, trabalhar as reformas”, afirmou, ao citar a expectativa quanto à aprovação na Reforma da Previdência pelo Congresso Nacional.

Para ele, o problema é que o poder público gasta mal e defende cortes na máquina pública. “Temos que fazer com que o estado seja mais eficiente, pare de gastar e pare de gastar naquilo que não produz resultado para que efetivamente que ele possa devolver serviços para a sociedade”, pontuou.

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No 17º dia de governo, Mauro Mendes assinou um decreto de calamidade financeira por causa de restos a pagar deixados pela administração anterior. Segundo o governo, a dívida é de quase R$ 4 bilhões.

Com o decreto, foram feitos vários cortes. “Estamos tomando várias medidas de maneira silenciosa, não sou uma pessoa que gosta de ficar tomando medidas espetaculosas, estamos fazendo no governo medidas importantes de cortes de gastos, de redução de despesas”, citou.

O decreto tem validade de 180 dias.

Mendes afirmou que o governo tem que acompanhar a evolução da economia brasileira. “Já teve um sinal claro que o PIB ou seja atividade econômica já está em franco declínio esse ano e, se isso realmente se confirmar como vem se confirmando, vai afetar a arrecadação. Quando entra menos dinheiro, temos que cortar mais despesas sim”.

Impacto dos cortes

A UFMT deve bloqueados 30% do orçamento para 2019, que corresponde a R$ 34 milhões. em Cuiabá tem garantia de funcionamento até julho, segundo a reitora da instituição, Myrian Serra. Nos outros três campi, a previsão é que as atividades sejam interrompidas a partir de agosto.

Como consequência do bloqueio de R$ 5,8 bilhões no orçamento de 2019 do MEC, decretado pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL), houve corte de R$ 31.838.793,00 no orçamento do IFMT para este ano.

Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo sobre a região norte de Mato Grosso.