Consumo de peixe em Cuiabá na Quaresma é 5 vezes maior do que no restante do ano e estimativa de venda é de 600 toneladas na Semana Santa

Fonte: TV Centro América

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Foto: TVCA/Reprodução

Na Quaresma, o consumo do peixe cresce em relação restante do ano e, de acordo com a Associação dos Aquicultores do Estado de Mato Grosso (Aquamat), em Cuiabá, o número é cinco vezes maior na Semana Santa. Com base nas vendas dos anos anteriores, estima-se a comercialização de 600 toneladas de peixe neste período. No restante do ano, o consumo médio é de 120 toneladas, na capital.

Nessa época, o preço do peixe sobe. Em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, por exemplo, o preço deve ficar cerca de 10% mais caro, em relação ao restante do ano.

Os preços mais altos são devidos aos insumos usados na produção da ração para peixe que estão mais caros. Os produtores estão se planejando melhor para obter lucros.

‘’A ração é vinculada à soja, ao milho e, nos últimos três ou quatro anos, tem aumentado muito e a gente não consegue repassar o preço na venda do peixe, aí temos que trabalhar na diminuição do custo na produção’’, disse o piscicultor Robson da Silva Moreira.

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Robson disse ainda que a principal atenção para a produção de peixe é na alcalinidade e oxigênio da água, pois na região de Rondonópolis a qualidade da água não é favorável à criação.

Segundo a Aquamat, em 2018, no Estado foram produzidos 54.510 toneladas de peixes de tanque, sendo 52 mil toneladas de espécies nativas, 2,5 mil toneladas de tilápia e 10 toneladas de outras espécies, como truta, panga e carpia, espécies ainda pouco criadas no estado.

De acordo com Daniel Garcia, presidente da Associação, o preço do peixe vendido ao consumidor está, em média, entre R$ 11 e R$ 12 para a tambatinga, R$ 7,90 a tilápia e R$ 12 o pintado.

A Quaresma é o período de quarenta dias que antecede a Páscoa. Nesta época, os católicos costumam não consumir carne vermelha.

Este comportamento reflete no aumento do consumo de peixes e os comerciantes comemoram o aumento nas vendas.