Os 20 leitos das unidades de tratamento Intensivo (UTI’s), tanto neonatal bem com os adultos, do hospital São Lucas, em Lucas do Rio Verde-MT, já estão sob gestão de uma nova instituição, sendo assim, a população que tanto precisa, não corre o risco de ficar sem o tratamento especializado oferecido pelas unidades.
Na manhã dessa sexta-feira, (01), a gestora do hospital, Gabriela Refatti, apresentou à imprensa local o Instituto Santa Rosa, o qual é ligado ao Hospital Santa Rosa da capital Cuiabá, que já está atuando na gestão das UTI’s.
Havia a preocupação do fechamento das unidades de tratamento, ao passo que a antiga gestora, o Grupo Porx, anunciou em dezembro passado, o encerramento das atividades em Mato Grosso. Na época, o grupo alegou falta de recursos para manter as UTI’s em funcionamento. A empresa teria sido citada no desdobramento da operação ‘Sangria’, a qual apura crimes de fraudes nas licitações e contratos superfaturados que envolvem a prefeitura de Cuiabá.
Atualmente funcionam 10 leitos de UTI adultos e 10 neonatais, sendo que 8 de cada são destinados para atendimento a população encaminhadas pelo sistema único de saúde (SUS).
“Havia uma preocupação muito grande, pois 80% da dependência das UTI’s estão sobre o Estado. Então iniciamos uma conversa com o Secretário Estadual de Saúde para entender como estão os processos deles”
Devido à reorganização que está em andamento na pasta, haveria demora em um parecer para a direção do hospital São Lucas, que imediatamente iniciou tratativas para evitar o fechamento das unidades de tratamentos intensivos.
Para o hospital São Lucas, de acordo com Gabriela Refatti, seria inviável manter por conta própria as UTI’s, devido à instabilidade financeira a qual ainda passa a unidade hospitalar de Lucas do Rio Verde, tendo em vista, que o Estado não faz repasses financeiros há pelo menos três meses.
Por ser uma instituição sem fins lucrativos e que possibilita uma gestão compartilhada, o Instituto Santa Rosa do Hospital Santa Rosa, que está em funcionamento de 1997, foi convidada a gerir as UTI’s.
De acordo com o diretor administrativo Instituto Santa Rosa, Paulo Rogério Pitaluga dos Santos, está sendo mantida toda equipe que já estava atuando, desde os médicos intensivistas, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem. “Vamos continuar com os trabalhos trazendo mais qualidade e mais técnica com o apoio do hospital Santa Rosa. Em Nova Mutum a gente iniciou no ano passado, em junho, com contrato emergencial. Ficamos seis meses, e agora ganhamos o edital para dar continuidade e ficarmos mais cinco anos”, comentou Pitaluga.
Tendo sucesso na gestão das UTI’s, Pitaluga comentou que o objetivo é oferecer treinamentos continuados a equipe implantar especialidades médicas que ainda não existem no município.
O diretor comentou ainda que o instituto Santa Rosa conta com um fundo de caixa para conseguir gerir os serviços por pelo menos 90 dias, até os repasses do governo do Estado ser normalizados para manutenção das unidades de tratamento intensivo.
