Vira-lata acompanha dono com Alzheimer que estava desaparecido até serem encontrados em Mato Grosso

Francisco da Rocha Garcia, de 68 anos, disse que ganhou um espetinho de carne na rua e dividiu com o animal até ser encontrado pela família. O dono e o animal estavam desidratados, segundo a família.

Fonte: G1 MT

1 161
Foto: Luan Poquiviqui Garcia/ Arquivo pessoal

O idoso Francisco da Rocha Garcia, de 68 anos, que tem Alzheimer e estava desaparecido desde segunda-feira (21), após ter saído de casa para passear com a cadela de estimação dele, foi encontrado pela família nesta quarta-feira (23), na Avenida das Torres, em Cuiabá.

A cadela, chamada de Belinha, o acompanhou durante todos os dias em que ele esteve desaparecido.

Francisco disse à família que ganhou um espeto de carne na rua e dividiu com o animal até ser encontrado pelos parentes.

O idoso saiu da casa onde mora com a família, no Bairro Altos do Parque I, em Cuiabá, para passear com o cachorro na segunda-feira, sem avisar ninguém.

[Continua depois da Publicidade]

Segundo o filho dele, Luan Poquiviqui Garcia, o idoso tinha o costume de passear com o animal, mas, há cerca de 3 meses, quando o Alzheimer foi descoberto, a família não permitia que ele saísse sozinho.

“Meu pai saiu para passear com ela depois que minhã irmã foi a uma consulta no hospital. Os dois foram encontrados bem, ficaram muito felizes ao ver a família”, contou.

Luan disse que o pai foi visto por um taxista que trabalha na região e avisou a família. “O taxista o viu ontem (22), mas procuramos e não encontramos. Hoje de manhã, ele o viu novamente e nos ligou, então fomos até o local”, disse.

O idoso e a cadela dele estavam desidratados, segundo a família. No entanto, os dois já foram alimentados e estão bem.

“Ele está apenas um pouco confuso, mas está bem. Nem ele, nem o animal tinham ferimentos”, ressaltou.

Francisco e Belinha

Francisco e a cadela Belinha são companheiros há mais de três anos, segundo a família. Luan disse que os dois sempre foram apegados um ao outro e que os passeios entre eles aconteciam frequentemente antes da Alzheimer ser descoberta.

Belinha foi abandonada na rua ainda quando era filhote, segundo Luan.

“Vimos ela perdida e então resolvemos adotá-la. Ela parou na nossa casa e não foi mais embora”, contou.

Redatora do portal CenárioMT, escreve diariamente as principais notícias que movimentam o cotidiano das cidades de Mato Grosso.