Campeã de vendas no Brasil, fábrica da Baby Alive está em crise nos EUA

Situação da Hasbro, fabricante da boneca famosa nas lojas brasileiras, piorou em 2018 depois que uma de suas principais revendedoras fechou as portas

Fonte: REDAÇÃO CENÁRIOMT

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Uma das maiores fabricantes de brinquedos do planeta e campeã de vendas nas lojas brasileiras por causa da boneca Baby Alive, a Hasbro perdeu a maior revendedora do setor do mundo, a Toys R Us, que está no processo final de encerramento de suas atividades nos Estados Unidos depois de se retirar do Reino Unido. Como resultado, as vendas da marca caíram 16% no começo de 2018.

Para completar, as fábricas chinesas que produzem os brinquedos da Hasbro, da Disney e da Mattel passaram a ser investigadas por autoridades internacionais depois que uma campanha de associações trabalhistas denunciou péssimas condições de trabalho. A Hasbro aposta suas fichas em 2019 no lançamento do filme Capitã Marvel, que será em março.

As vendas de ícones criados pela empresa, como o “Monopoly” e os brinquedos licenciados pela Marvel, não foram suficientes para as perdas relacionadas ao fim da Toys R Us nos EUA, que era responsável por 10% das vendas da Hasbro até o ano passado. Segundo a CNN, os executivos da empresa insistem em dizer que a redução nos lucros é uma consequência temporária do fim da loja.

“A empresa está procurando se preocupar pouco com o fim da Toys R Us, já que outros varejistas veem o momento como uma oportunidade-chave para o setor”, explicou o CEO Brian Goldner, em referência a outras redes que seguem vendendo os brinquedos da Hasbro, como o Walmart e a Target que, nos EUA, contam com 30% das vendas anuais da fabricante.

A Amazon passou a vender brinquedos nos últimos meses e deve aproveitar o sucesso de alguns produtos da empresa. No Brasil, a venda da boneca Baby Alive fez com que a empresa até se fixasse no país há alguns anos. Segundo uma pesquisa do Google, entre os três brinquedos mais procurados no buscador no país durante o Natal estão a Barbie (12,8%), o Lego (8,9%) e a Baby Alive (7,2%).

A Toys R Us tem 15% do mercado de brinquedos dos Estados Unidos e iniciou o ano com mais de 800 lojas espalhadas pelo país, mas anunciou em janeiro que fecharia 180 delas. Para a revista Fortune, especializada no varejo estadunidense, a falência da rede se deve à sua dívida de US$ 5,2 bilhões (R$ 18 bi) e, mais recentemente, à entrada de gigantes do e-commerce, como a Amazon, no mesmo ramo.

Nos Estados Unidos, o anúncio do fim das atividades da rede de lojas caiu como uma bomba. Em abril, o fundador da Toys ‘R’ Us, Charles Lazarus, morreu. Fazia uma semana que ele havia confirmado oficialmente o encerramento das atividades nos Estados Unidos e em Porto Rico. O empresário fundou a cadeia em abril de 1948 com uma pequena loja de móveis para bebês, em Washington.

A Hasbro e sua grande rival, a Mattel, brigam há anos para manter um mercado de brinquedos que perde cada vez mais espaço para smartphones, tablets e outros brinquedos tecnológicos. Especuladores já afirmam que as duas empresas, outrora grandes concorrentes, podem se juntar. Os rumores sobre a fusão voltaram no mês passado, quando Ynon Kreiz se tornou CEO da Mattel – ele já foi produtor de empresas ligadas à Disney, que tem parceria com a Hasbro.

Uma fusão significaria que a mesma fabricante de brinquedos como os bonecos “Transformers”, o “Monopoly”, o “Jogo da Vida”, o “Senhor Cabeça de Batata” e a “My Little Pony” se uniria com sua concorrente, que fabrica a “Barbie”, os carros “Hot Wheels” e os brinquedos da Fisher-Price.

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