Duas travestis e dois gays são mortos vítimas de LGBTfobia em Rondonópolis entre 2017 e 2018

Fonte: TV Centro América

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Foto: Facebook/Reprodução

Duas travestis e dois gays foram assassinados entre junho de 2017 e dezembro deste ano, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, vítimas de ‘LGBTfobia’.

Durante o ano passado, cerca de 445 pessoas morreram no país por ter a identidade de gênero diferente da maioria, que representa um aumento de 30% em relação a 2016, que foi registrado 343 mortes.

Em Mato Grosso, foram registrados 15 assassinatos motivados pelo crime, no ano passado.

A Associação de Defesa de Direitos Humanos afirma que no Brasil uma pessoa LGBT é morta a cada 19 horas. Essa estatística também está inclui as mortes por suicídio, sendo a maioria motivada pelo preconceito.

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São muitas as dificuldades enfrentadas pelas travestis e transexuais. A presidente do Grupo de Apoio às Travestis e Transexuais , Adriana Liário, explicou que uma das principais dificuldades para as travestis e transexuais é conseguir uma vaga de emprego.

“Alguém da emprego para as travestis trabalhar? Ninguém nos da emprego. Aqui em Rondonópolis tem uma travesti que é assistente social e não consegue emprego. O único lugar que a sociedade aceita que a gente esteja, é na esquina da rua”, disse.

Em uma casa que fica no município abriga 40 travestis e transexuais de todo o país.

Desde 2014, elas registraram cerca de 400 boletins de ocorrência por diversos crimes. Segundo o professor de psicologia social Márcio do Nascimento, a falta de entendimento sobre o que é a identidade de gênero.

“Muitas vezes pela falta de entendimento do que é uma travesti e uma transexual, temos identificado uma onda de conservadorismo, e estamos criando políticas de morte, sobre quem deve viver e quem deve morrer”, afirmou.