Dois pacientes morrem em UPA ao aguardar transferência para hospital em Mato Grosso

Fonte: TV Centro América

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Foto: Ademir Júnior/Assecom Sinop

Dois pacientes que estavam internados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sinop, a 503 km de Cuiabá na nessa segunda-feira (17), morreram enquanto aguardavam transferência para o Hospital Regional. A Justiça determinou nessa segunda-feira (17) que o Hospital Regional receba os pacientes que precisam de cirurgias e estão internados na UPA.

Um deles estava internado em uma cama improvisada na UPA desde a semana passada e morreu após um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ele havia sido submetido a um exame de tomografia no Hospital Regional, o qual apontou acúmulo de sangue no cérebro.

Outro paciente foi identificado como Cerino Trindade, de 86 anos, que estava internado na UPA com uma infecção urinária, e faleceu na tarde dessa segunda-feira.

Após a determinação da Justiça, a unidade de saúde começou a receber os pacientes da UPA na noite dessa segunda-feira.

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Para que o hospital voltasse a receber os pacientes, foi necessário acionar a Polícia Militar. De acordo com o secretário de Saúde do município, Gerson Danzer, 26 pacientes foram transferidos da UPA para o Hospital Regional.

“Nós usamos três ambulâncias para fazer as transferências, mas ainda ficaram 11 pacientes na UPA. Esperamos que o fluxo de pacientes se normalize”, contou.

Ele explicou que os pacientes passaram por uma análise médica e os casos mais graves foram encaminhados primeiro para a unidade.

“Temos pacientes com diversos quadros clínicos e, por causa dessa situação, tivemos dois óbitos. Agora estamos com uma situação aceitável, apenas com 11 pacientes internados”, avaliou.

Uma das mulheres que estava internada na UPA precisou ser transferida para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá, devido a complicações na saúde.

A UPA tem capacidade para atender 13 pacientes a cada 24 horas, no entanto, na unidade estavam internadas 33 pessoas.

Segundo o médico Victor Gobbi, a maioria dos pacientes precisa de exames que exigem um médico especializado, que são fornecidos no Hospital Regional.

“Temos pacientes de média e alta complexidade e os pacientes precisam de exames com especialidade que não temos aqui, e muitas vezes o quadro clínico dos pacientes se agrava”, disse.